DONA IVONE LARA
Over the next 2 months, we will present the DONA IVONE LARA story ... in 15 chapters.
In December 2015 at the VISOM Studio in Rio de Janeiro, Dona Ivone Lara recorded her final performances. She recorded her classics: "Sonho Meu" and "Força da Imaginação" for Alexandra Jackson's "ALEXANDRA JACKSON: LEGACY & ALCHEMY" music album.
"Sonho Meu" pays homage to the first 100 years of Samba. The track features Pretinho da Serrinha and Max Viana (whose father Djavan previously recorded "Sonho Meu" with Dona Ivone), with American stars Chris Walker, Darryl Tookes and Curtis King on vocals.
"Força da Imaginação" (co-written by Caetano Veloso) launches the next 100 years of Samba. The track features Pretinho da Serrinha, Max Viana, Ricardo Silveira, Arthur Maia and Marcelo Mariano.
Both tracks were Produced with Robert Hebert for his Legacy and Alchemy LLC international music label.
The tracks were recorded by engineers: Ricardo Dias, Guido Pera, Luther Banks and Danny Leake, mixed by Grammy Award winning engineer Ed Cherney at his mix room at The Village in Los Angeles, and mastered by the legendary Bernie Grundman.
These final recordings reflect well on Dona Ivone's magical career in music.
Chapter 3 of 15
The year of 1965 began agitated for Ivone. For the first time in her life, she received criticism for a composition she wrote - although indirectly since she mistakenly named "Ivone Santos" by the media. At 42 years of age and mother of two children, Ivone witnessed in that year’s carnival, the favoritism of Império Serrano being overcome by an expressive ten point difference from Salgueiro.
Even with the defeat, Ivone was still respected in the music scene. She would always maintain the post of the first woman to win a samba-plot contest in a school of the so-called elite of the carioca carnival. It would not be long before, to the despair of her husband Oscar, she caught the attention of record producers interested in samba school composers.
That same year, the maestro and saxophonist Moacyr Silva, got the approval of Copacabana record company to produce the LP "Viva o Samba!". The singer chosen to record the first composition of Ivone in studio was Francinete Ferreira. She, who had only interpreted compositions made by men, was astonished at being able to record the first samba by a woman.
Five years later, the maestro Moacyr Silva agreed to do the general coordination of a new samba album at Copacaba. Oswalso Sargentelli was in charge of production this time around. And thanks to his accurate hearing, Ivone finally made her debut on a record, being the only singer on the album to play her own compositions. Although her name appeared on the back cover of the LP as Yvonne, she was presented to the public as "Dona" - the Portuguese title of address equivalent to Mrs or Madam. For Sargentelli, the pronoun of treatment was a sign of respect for that nurse, housewife, composer, singer and baiana of the Imperio Serrano.
In 1971, Dona Ivone received another invitation to record her second participation in a collective album. In partnership with Mano Decio da Viola, Ivone re-recorded "Agradeco a Deus" for the album "Quem Samba, Fica ...", which officially presented her as "Dona Yvone". The other composition recorded by Dona Yvone referred back to her childhood. "Tiê" was the first song she wrote. She was only 12 years old in honor of a Brazilian Tanager she had won from her cousins Helio and Fuleiro.
With the success of Tiê in 1974, she began to arouse the interest of other performers and to be invited to participate in discs and radio programs. This same year, Ivone would experience for the first time a song of her, "Alvorecer", to make national success in the radios.
In the following years, she would continue to write songs for well-selling artists in terms of album sales:
1975: Roberto Ribeiro - “Os cinco bailes da história do Rio” ; Beth Carvalho - “Amor sem esperança”.
1976: Alcione - “Tiê” ; Cristina Buarque - “Dei-te liberdade” ; Elza Soares - “Samba, minha raiz”; Dona Ivone and Roberto Ribeiro - “Acreditar”
1977: Roberto Ribeiro - “Liberdade”
With recognition knocking on Ivone's door, retirement as a social worker and the recording of her first solo album seemed, at last, inevitable.
Capitulo 3 of 15
O ano de 1965 começou agitado para Ivone. Pela primeira vez em sua vida, ela recebia críticas a uma composição de sua autoria - ainda que indiretamente pois era chamada equivocadamente de “Ivone Santos” pela mídia. Aos 42 anos e mãe de dois filhos, Ivone presenciou naquele carnaval o favoritismo da Império Serrano ser superado com expressivo dez pontos pelo Salgueiro.
Mesmo com a derrota, Ivone nao deixou de ser respeitada pelos sambas de terreiro. Ela sempre manteria o posto de ser a primeira mulher a vencer um concurso de samba-enredo em uma escola da denominada elite do carnaval carioca. Não demoraria muito até que, para o desespero do marido Oscar, ela chamasse a atenção dos produtores de discos interessados em compositores de escolas de samba.
Naquele mesmo ano, o maestro e saxofonista Moacyr Silva ganhou a aprovação da gravadora Copacabana para produzir o LP “Viva o Samba!”. A cantora escolhida para gravar a primeira composição de Ivone em estudio foi Francinete Ferreira. Ela, que só havia interpretado composições feitas por homens, ficou admirada com Ivone a conseguir gravar um samba feito por uma mulher.
Cinco anos depois, o maestro Moacyr Silva aceitou fazer a coordenação geral de um novo álbum de samba na Copacaba. Desta vez, a produção ficaria a cargo de Oswalso Sargentelli. E graças ao ouvido apurado do mesmo, Ivone fazia finalmente sua estreia em um disco, sendo a única cantora do álbum a interpretar composições próprias. Apesar de seu nome figurar na contracapa do LP como Yvonne, ao publico ela era apresentada como “Dona”. Para Sargentelli, o pronome de tratamento era sinal de respeito por aquela enfermeira, dona de casa, compositora, cantora e baiana do Império.
Em 1971, Dona Ivone recebeu outro convite para gravar sua segunda participação em um disco coletivo. Em parceria com Mano Decio da Viola, Ivone regravou “Agradeço a Deus” para o álbum “Quem Samba, Fica…”, o qual oficialmente a apresentou como “Dona Yvone”. A outra composição gravada por Dona Yvone remontava a sua infância. “Tiê” foi a primeira música feita por ela quando tinha apenas 12 anos em homenagem a um pássaro tiê-sangue que tinha ganho de seus primos Helio e Fuleiro.
Com o sucesso de Tiê em 1974, ela começou a despertar o interesse de outros interpretes e a ser convidada a participar de discos e programas de rádio. Neste mesmo ano, Ivone veria pela primeira vez uma música sua, “Alvorecer”, fazer sucesso nacionalmente nas rádios.
Nos anos seguintes, ela seguiria a compor músicas para artistas bons de venda em termos fonográfico:
1975: Roberto Ribeiro - “Os cinco bailes da história do Rio” ; Beth Carvalho - “Amor sem esperança”.
1976: Alcione - “Tiê” ; Cristina Buarque - “Dei-te liberdade” ; Elza Soares - “Samba, minha raiz”; Dona Ivone e Roberto Ribeiro - “Acreditar”
1977: Roberto Ribeiro - “Liberdade”
Com o reconhecimento batendo a porta de Ivone, a aposentadoria como assistente social e a gravação de seu primeiro disco solo pareciam, enfim, inevitáveis.